Os resultados do European Health Economic Trial on Home Monitoring relativo à Terapia por CDI (EuroEco), patrocinado pela BIOTRONIK, foram apresentados pelo investigador principal, Dr. Hein Heidbuchel, numa sessão de tele-monitorização no congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, ESC Congress 2014. O estudo EuroEco[1] é o primeiro ensaio randomizado e controlado feito para avaliar o impacto financeiro da monitorização remota na perspectiva do prestador de serviços de saúde. O presente estudo concluiu que os prestadores - hospitais e médicos - não sofreram custos adicionais e inclusive se registou redução das despesas incorridas pelas entidades financiadoras com o uso do BIOTRONIK Home Monitoring® em comparação com o acompanhamento convencional dos doentes em consultório. A monitorização remota também reduziu o tempo de assistência médica total por paciente.
"Os pacientes e médicos preferem o acompanhamento remoto, já que contribui para a melhoria da saúde do doente e alerta os médicos para quem mais necessita da sua atenção. A redução das avaliações em consultório libera recursos para que os médicos possam responder rapidamente aos que pacientes que precisam de maior cuidado," explicou Dr. Hein Heidbuchel, do Centro Cardíaco de Hasselt e Universidade de Hasselt, Bélgica. "Os resultados deste estudo demonstram que a reorganização da assistência prestada a doentes cardíacos remotamente monitorizados também faz sentido em termos econômicos. É este o futuro da medicina - examinar os doentes da forma mais eficiente possível, assegurando paralelamente uma assistência de elevada qualidade."
O objetivo principal deste ensaio randomizado, prospetivo e multicêntrico foi o custo total relativo às avaliações para os prestadores de serviços de saúde. Outros objetivos foram: impacto financeiro líquido nesses prestadores e os custos na perspectiva das entidades financiadoras dos serviços de saúde. Foram inscritos 312 pacientes no total, com CDIs de câmara única ou dupla, de 17 centros na Bélgica, Alemanha, Holanda, Espanha e Rússia. Uma extensão do estudo (ainda em andamento), está incluindo um grupo de doentes de com insuficiência cardíaca, em uso de TRC.
O custo total da avaliação para os prestadores de serviços hospitalares durante os dois anos do estudo, não diferiu significativamente entre o Home Monitoring e as avaliações convencionais (204€ contra 213€ por paciente). Não ocorreu nenhuma diferença significativa no impacto financeiro líquido dos prestadores de serviços hospitalares, embora os resultados tivessem variado bastante de país para país.
Para as entidades financiadoras - seguradoras ou sistemas nacionais de saúde - verificou-se tendência de redução dos custos totais por paciente com o Home Monitoring (4.881€ contra 4.307€ no grupo que utilizou o Home Monitoring), incluindo custos relacionados com visitas de outros médicos, exames, hospitalizações e avaliações. Mesmo em países como a Alemanha e o Reino Unido em que os hospitais e os médicos são reembolsados pela avaliação remota, não se verificou aumento dos custos, o que mostra que há margem para compensar devidamente os prestadores de serviços de saúde por estes serviços e reembolsar a tecnologia de monitorização remota. Os custos mais baixos em termos numéricos resultaram em menos hospitalizações e por períodos menores, corroborando os resultados apurados por ensaios CDI anteriores, como o ECOST[2] e CONNECT[3].
Os médicos passaram significativamente menos tempo com os pacientes acompanhados pelo Home Monitoring (73 contra 64 minutos, p=0.028). O tempo gasto na avaliação remota e no consultório, não difere significativamente para os funcionários dos serviços de saúde como um todo. Em dois anos, todos os funcionários dos serviços de saúde - médicos, enfermeiros e técnicos - dispenderem menos de três horas com cada paciente, em média, independentemente de terem utilizado o Home Monitoring ou avaliações convencionais.
"Devido aos custos menores do Home Monitoring para as entidades financiadoras, os médicos devem ser devidamente reembolsados pela avaliação remota, como a própria tecnologia," acrescentou o Dr. Heidbuchel. "Com os excelentes resultados clínicos demonstrados nos estudos anteriores, como o COMPAS[4], TRUST[5] e IN-TIME[6], e a recomendação[7] da Sociedade Europeia de Cardiologia, existe importante apoio clínico à monitorização remota. Esperamos que os resultados do EuroEco contribuam para a reorganização dos cuidados de saúde, sendo benéfica para todas as partes - entidades financiadoras, prestadores de cuidados de saúde e, em especial, aos pacientes."
Referências:
[1] Heidbuchel H et al. Presentation at ESC Congress 2014.
[2] Guedon-Moreau L et al. Europace. 2014, 16(8).
[3] Crossley GH et al. Journal of the American College of Cardiology. 2011, 57(10).
[4] Mabo P et al. European Heart Journal. 2012, 33.
[5] Varma V et al. Circulation. 2010, 122(4).
[6] Hindricks G et al. The Lancet. 2014, 384(9943).
[7] Brignole M et al. 2013 ESC Guidelines on Cardiac Pacing and Cardiac Resynchronization Therapy. European Heart Journal. 2013, 34(29).
Para mais informações, visite: www.biotronik.com
"Os pacientes e médicos preferem o acompanhamento remoto, já que contribui para a melhoria da saúde do doente e alerta os médicos para quem mais necessita da sua atenção. A redução das avaliações em consultório libera recursos para que os médicos possam responder rapidamente aos que pacientes que precisam de maior cuidado," explicou Dr. Hein Heidbuchel, do Centro Cardíaco de Hasselt e Universidade de Hasselt, Bélgica. "Os resultados deste estudo demonstram que a reorganização da assistência prestada a doentes cardíacos remotamente monitorizados também faz sentido em termos econômicos. É este o futuro da medicina - examinar os doentes da forma mais eficiente possível, assegurando paralelamente uma assistência de elevada qualidade."
O objetivo principal deste ensaio randomizado, prospetivo e multicêntrico foi o custo total relativo às avaliações para os prestadores de serviços de saúde. Outros objetivos foram: impacto financeiro líquido nesses prestadores e os custos na perspectiva das entidades financiadoras dos serviços de saúde. Foram inscritos 312 pacientes no total, com CDIs de câmara única ou dupla, de 17 centros na Bélgica, Alemanha, Holanda, Espanha e Rússia. Uma extensão do estudo (ainda em andamento), está incluindo um grupo de doentes de com insuficiência cardíaca, em uso de TRC.
O custo total da avaliação para os prestadores de serviços hospitalares durante os dois anos do estudo, não diferiu significativamente entre o Home Monitoring e as avaliações convencionais (204€ contra 213€ por paciente). Não ocorreu nenhuma diferença significativa no impacto financeiro líquido dos prestadores de serviços hospitalares, embora os resultados tivessem variado bastante de país para país.
Para as entidades financiadoras - seguradoras ou sistemas nacionais de saúde - verificou-se tendência de redução dos custos totais por paciente com o Home Monitoring (4.881€ contra 4.307€ no grupo que utilizou o Home Monitoring), incluindo custos relacionados com visitas de outros médicos, exames, hospitalizações e avaliações. Mesmo em países como a Alemanha e o Reino Unido em que os hospitais e os médicos são reembolsados pela avaliação remota, não se verificou aumento dos custos, o que mostra que há margem para compensar devidamente os prestadores de serviços de saúde por estes serviços e reembolsar a tecnologia de monitorização remota. Os custos mais baixos em termos numéricos resultaram em menos hospitalizações e por períodos menores, corroborando os resultados apurados por ensaios CDI anteriores, como o ECOST[2] e CONNECT[3].
Os médicos passaram significativamente menos tempo com os pacientes acompanhados pelo Home Monitoring (73 contra 64 minutos, p=0.028). O tempo gasto na avaliação remota e no consultório, não difere significativamente para os funcionários dos serviços de saúde como um todo. Em dois anos, todos os funcionários dos serviços de saúde - médicos, enfermeiros e técnicos - dispenderem menos de três horas com cada paciente, em média, independentemente de terem utilizado o Home Monitoring ou avaliações convencionais.
"Devido aos custos menores do Home Monitoring para as entidades financiadoras, os médicos devem ser devidamente reembolsados pela avaliação remota, como a própria tecnologia," acrescentou o Dr. Heidbuchel. "Com os excelentes resultados clínicos demonstrados nos estudos anteriores, como o COMPAS[4], TRUST[5] e IN-TIME[6], e a recomendação[7] da Sociedade Europeia de Cardiologia, existe importante apoio clínico à monitorização remota. Esperamos que os resultados do EuroEco contribuam para a reorganização dos cuidados de saúde, sendo benéfica para todas as partes - entidades financiadoras, prestadores de cuidados de saúde e, em especial, aos pacientes."
Referências:
[1] Heidbuchel H et al. Presentation at ESC Congress 2014.
[2] Guedon-Moreau L et al. Europace. 2014, 16(8).
[3] Crossley GH et al. Journal of the American College of Cardiology. 2011, 57(10).
[4] Mabo P et al. European Heart Journal. 2012, 33.
[5] Varma V et al. Circulation. 2010, 122(4).
[6] Hindricks G et al. The Lancet. 2014, 384(9943).
[7] Brignole M et al. 2013 ESC Guidelines on Cardiac Pacing and Cardiac Resynchronization Therapy. European Heart Journal. 2013, 34(29).
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